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O fato

Adalberto é deputado da nação, homem conservador e muito estimado na assembleia, essencialmente por se apresentar muito bem trajado, todos os seus colegas procuram saber quem é o alfaiate que coloca Adalberto assim, entre um guerreiro invencível e ao mesmo tempo um ser tolerante de paz (sim o corte de um fato pode levar um homem à liderança de um partido, à liderança de uma nação). Adalberto sempre guardou o segredo que era a sua mulher muito prendada que lhe desenhava e cosia a roupa, desde o fato até às ceroulas, dos suspensórios às luvas tudo era feito com muito amor por ela e cosia tudo à mão, sem nunca usar uma máquina. Mas como todas as histórias há sempre uma tragédia, mas a tragédia de Adalberto não foi só a morte repentina da sua amada, algo mais aconteceu: Alguns meses depois do falecimento da esposa, Adalberto foi fazer um discurso para aprovação de uma lei importantíssima que tinha sempre o seu cavalo de combate, "uma questão de civilização", dizia Adalberto. No d

O Relógio de pêndulo

Américo quando fez 10 anos recebeu uma pequena relíquia de prenda: Um relógio de pêndulo com particularidades únicas - o pêndulo além de permitir funcionar o relógio fazia balançar um pequeno barco de latão, por sua vez esse barco servia de pote para umas pedras que eram lançadas pelo relógio, uma pedra por dia e as pedras aumentavam de tamanho de acordo com a idade do dono do relógio. Só que Américo era tão novo que as pedras eram pequeninas e leves, falhavam sempre o alvo (que era o barco que balançava) por essa razão ele pediu ao relojoeiro que bloqueasse essa função e assim foi feito. Os anos passaram e nunca mais ninguém se lembrou dessa função do relógio que continuou a funcionar muito bem. Quando se reformou, Américo apontou como projeto de vida arranjar o relógio. Assim o fez, depois de várias semanas à volta do relógio, conseguiu colocar em funcionamento com a função das pedras, e quando caiu a primeira pedra, foi direta ao pote. O pior é que a pedra era grande e pesada e no

As gavetas

Na Fonte Errada há um carpinteiro, de nome João de Andrade que tem como especialidade a construção de gavetas. As gavetas dele, além de funcionarem plenamente nos móveis, ainda tem a qualidade de fazerem aparecer coisas que há muito tempo desapareceram: Um dia quando se abre a gaveta, ora surge um canivete, ora uma chave, ora dinheiro, ora uma ferramenta, enfim coisas. Mas no dia 23 de Agosto de 1967 algo de muito estranho aconteceu, apareceu numa das gavetas construídas pelo o João Andrade a tia avó de dona Felisberta que tinha desaparecido há mais de 30 anos, apareceu viva na gaveta, foi um fenómeno nunca visto. Agora, Fonte Errada, é visitada por padres doutores que procuram a origem do milagre, crentes que procuram recuperar um ente querido, vigaristas que procuram vender gavetas falsas e outras pessoas que vão para tirar retratos com João Andrade.

As escadas

Natalie Manning, em nova, era atração das festas, dançava como ninguém, não muito bonita, mas tinha uma forma única e encantadora de estar. Quando fez trinta anos ganhou uma fobia: era incapaz de descer escadas, por isso, só as subia. Viuva, os seus cinco maridos deixaram boas fortunas que a permitiu construir escadas para continuar a subir, e assim foi a sua vida até aos 86 sempre a subir escadas. Fica apenas aqui a nota: Todos os seus maridos morreram em quedas de escadas.